Os animais de estimação estão cada vez mais próximos de seus proprietários, muitas vezes suprindo a necessidade de afeto nas pessoas. Em consequência disso, estão expostos aos mesmos riscos de acidentes em geral, incluindo os tóxicos, semelhante às crianças no meio doméstico. Sabe-se que nas residências podem ocorrer vários tipos de intoxicações, por isso a importância de ficar sempre atento em relação aos pets, alerta o Centro de Informações Toxicológicas (CIT/RS), órgão que costuma atender a vários casos envolvendo principalmente cães e gatos.

Alguns locais dentro dos lares, por isso, oferecem mais risco do que se imagina. Em um banheiro, cães e gatos podem encontrar medicamentos mal armazenados, desinfetantes de vaso sanitário, lixo contendo medicamentos vencidos, produtos para limpeza e cosméticos. Na sala de estar, chocolates (muito tóxico para cães), bebidas alcoólicas, inseticidas e cigarros. E na área de serviço, terem contato com naftalina, desinfetantes e limpadores, gás, raticidas, aranhas.

Espécies animais mais atendidas pelo CIT/RS
Animais de companhia, principalmente cães e gatos, são responsáveis por 90% dos casos registrados pelo atendimento do CIT/RS. No caso do cão, a maioria ocorre por acidente e em animais jovens. Curiosos, eles brincam com tudo, muitas vezes têm apetite voraz e ingerem substâncias tóxicas. Também por uso indevido de medicamentos - ministrados pelos proprietários sem recomendação veterinária. Além disso, pode ocorrer contaminação mista, através da pele e por via oral - lambedura. Outra causa frequente é o contato com animais peçonhentos - aranha armadeira, ofídios, abelhas, vespas e marimbondos. Já os felinos são muitos sensíveis a várias substâncias, mas são mais seletivos quando se trata da via oral. Têm o hábito higiênico de lamberem-se, o que aumenta o risco de intoxicação após aplicação de produtos por via cutânea.

Prevenção das intoxicações
Em casa, o ideal é manter longe do acesso dos animais qualquer produto, não esquecendo que o correto armazenamento de substâncias inclui fechar os armários e recipientes que contenham, por exemplo, produtos de limpeza, medicamentos e pesticidas. Evitar ainda o contato com animais peçonhentos, mantendo os locais onde vivem bem limpos, livres de entulhos e “esconderijos” para os animais peçonhentos.

Somente medicar os animais após consultar o médico veterinário, nunca esquecendo de que o cão e o gato não são “pequenos humanos”, e nem tudo que é atóxico e bom para as pessoas, é bom para os animais. E sempre acompanhar os animais em passeios, conduzindo-os pela guia, evitando assim que se exponham a produtos desconhecidos na rua.

Primeiras medidas em caso de intoxicação

►Retirar restos da substância do animal.

►Guardar a embalagem do produto (vazia ou com resíduo) para identificação posterior.

►Ligar imediatamente para o Centro de Informação Toxicológica - 0800-721-3000

►Levar o animal ao médico veterinário para atendimento adequado.